Energia alivia e inflação cai para 0,47% em maio

0
788

A inflação oficial no País arrefeceu em maio, com a ajuda da queda na conta de energia elétrica — decorrente do acionamento da bandeira tarifária verde em substituição à cobrança extra do regime de escassez hídrica — e da redução nos preços de alguns alimentos in natura. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de 1,06%, em abril, para 0,47% em maio, informou ontem o IBGE.

A taxa em 12 meses persiste em dois dígitos: 11,73% (um mês antes, era de 12,13%). Alguns especialistas acreditam que o pico já tenha passado, enquanto outros preveem nova aceleração ao menos nos próximos dois meses. O consenso é de que o cenário inflacionário permanece pressionado, podendo arrefecer ou se deteriorar dependendo de riscos que envolvem questões fiscais e combustíveis.

Contribuiu para segurar a inflação a redução de preços de alimentos importantes na cesta das famílias como tomate (-23,72%) e cenoura (-24,07%).

Analistas de mercado destacaram a boa notícia da desaceleração da inflação em maio, mas ressaltaram os desafios que o País tem para manter a queda nos próximos meses. Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o IPCA de maio indicou que a inflação saiu do pico, porém deve mostrar desaceleração lenta, o que deve obrigar o Banco Central (BC) a manter os juros altos por bom tempo.

Já na visão da economista Mirella Hirakawa, gestora de fundos da AZ Quest Investimentos, o pico do IPCA em 12 meses pode ser atingido apenas em julho, quando alcançaria 12,4%, puxado pela previsão de novo reajuste do preço da gasolina nos próximos 30 dias. Em junho, a inflação já voltaria a acelerar em relação ao patamar de maio, com uma elevação de 0,84% no mês, subindo a 12,1% em 12 meses, projeta a gestora.

  Conteúdo e Redação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui