Em 2022, enquanto os norte-americanos pagaram cerca de US$ 6 (quase R$ 30), os brasileiros desembolsaram um pouco mais de US$ 4 (cerca de R$ 20). Esse movimento aconteceu devido ao aumento de fast foods no país e a taxa de trabalhadores na informalidade.
O preço do Big Mac, o principal lanche do McDonald’s, ficou mais barato no Brasil do que nos Estados Unidos nos últimos quatro anos. As informações são de um levantamento realizado pela consultora financeira L4 Capital-Synapzee, com dados do Índice Big Mac, do jornal “The Economist”.
Em 2022, por exemplo, enquanto os norte-americanos pagavam cerca de US$ 6 (quase R$ 30) pelo lanche, os brasileiros desembolsaram um pouco mais de US$ 4 (cerca de R$ 20).
O movimento, segundo especialistas, é impulsionado pelo aumento no número de fast foods no país e pela maior taxa de trabalhadores na informalidade.
Vale destacar que o Big Mac é composto pelos mesmos ingredientes na maioria dos países: dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e pão com gergelim.
O que explica a diferença de preços?
Segundo especialistas, parte do que explica esse movimento é o aumento no número de fast foods no país e a maior taxa de trabalhadores na informalidade.
“O McDonald’s foi uma das primeiras redes de fast food no país. Porém, esse mercado foi sendo consumido por outras empresas”, afirmou o analista de consumo e varejo do BTG Pactual Luiz Guanais.
De acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira de Franchising (ABF), por exemplo, o Subway, ocupava o 7º lugar entre as 50 maiores franquias do Brasil em 2021 e subiu um posto em 2022.
Já o Burger King subiu do 15º para o 11º lugar na mesma base de comparação, enquanto o Bob’s avançou do 23º para o 17º.
Todas as empresas subiram de posição, enquanto o McDonald’s seguiu em 3º lugar de um ano para o outro.
Nesse cenário, o aumento no número de consumidores de fast food no Brasil também impulsiona esse mercado. Segundo dados da consultoria Kantar, as pessoas que consumiram nessas redes totalizaram 13,7 milhões no 1º trimestre deste ano, em uma máxima histórica. Ao todo, 54% compraram no balcão, 28% via delivery e 11% em drive-thru.
Por Artur Nicoceli