Em tempos de mulheres cada vez mais empoderadas no Brasil e no mundo, o Dia Internacional da Mulher, comemorado na sexta-feira (8), representa a força e a luta para conquistar os espaços antes dominados por homens. No esporte não poderia ser diferente. Infelizmente, a prática de atividades físicas era algo exclusivo do gênero masculino. As mulheres eram criticadas e julgadas quando ousavam começar algum exercício.
Os argumentos transitavam entre incapacidade física, masculinização e objetificação do corpo.O cenário mudou bastante, mas ainda há muito preconceito em torno da presença da mulher no âmbito esportivo. Felizmente hoje, em pleno 2019, a história carrega muitos exemplos de luta, que resultaram em quebra de paradigmas e serviram como oportunidade para elas. Confira a seguir cinco mulheres que são verdadeiros marcos históricos no Brasil quando o assunto é representatividade feminina nos esportes.
ETIENE MEDEIROS

Aos 27 anos, Etiene carrega títulos que marcaram a história da natação feminina no País. A pernambucana foi a primeira brasileira campeã mundial, em piscina longa e curta. Foi também a primeira nadadora brasileira a subir no lugar mais alto do pódio dos Jogos Pan-Americanos. E não para por aí. Ela foi a única finalista olímpica da natação nacional nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Etiene é mulher forte, nordestina, negra e usa suas redes sociais para inspirar e empoderar outras mulheres a conquistarem seus lugares no mundo.
SERENA WILLIAMS

A tenista norte-americana tem 37 anos e teve sua primeira filha recentemente, a pequena Alexis. Dona de 23 títulos de Grand Slams, Serena é a maior vencedora dos principais torneios do circuito internacional. Apesar da idade já avançada para profissionais, ela continua firme no alto rendimento do tênis, buscando mais troféus e representatividade feminina no esporte. Por toda sua história, Serena se tornou símbolo de combate ao machismo e racismo no cenário internacional. E vai além. Ela mostra com maestria que é possível conciliar a maternidade com a prática esportiva.
VERÔNICA HIPÓLITO

Portadora de paralisia cerebral, Verônica Hipólito é campeã mundial e medalhista olímpica nas provas de velocidade de para-atletismo. Aos 22 anos, a jovem competidora não cansa de falar que o esporte vem salvando sua vida para além das conquistas na pista. Ela já realizou três cirurgias para retirada de tumores na cabeça, a última foi em maio de 2018, já sofreu um AVC e conviveu com mais de 200 tumores no intestino grosso. Apesar de todo sofrimento, Verônica não tira o sorriso rosto. Os treinos funcionam como uma terapia para a ela, que serve de exemplo e inspiração para milhares de mulheres mundo afora.
MARTA

Com seis troféus de melhor jogadora do mundo, a brasileira é a maior vencedora entre homens e mulheres da categoria da Fifa, entidade máxima do futebol internacional. O sexto título foi conquistado em setembro de 2018, enquanto as outras taças foram faturadas em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Aos 33 anos, a brasileira está se preparando para a disputa da Copa do Mundo feminina, em junho.
LAIS SOUZA

A ex-ginasta é exemplo de superação. Ela sofreu um acidente de esqui em 2014 que a deixou tetraplégica. De lá para cá, realiza tratamento intensivo para recuperar os movimentos. Laís apresenta cada evolução nas suas redes sociais para mostrar que sonhar e realizar é possível como muito esforço e dedicação. Ela buscou alternativas para iniciar nova carreira no paradesporto, mas preferiu investir seu tempo em palestras motivacionais e nas sessões de fisioterapia.
Por Marília Banholzer