Em Azovstal, nem todos os combatentes pertenciam ao batalhão Azov.
Na cidade de Mariupol, terminou esta terça-feira a batalha mais sangrenta da guerra da Ucrânia. Kiev deu já ordem de rendição aos últimos soldados que ainda combatiam as tropas russas no complexo de Azovstal.
Os soldados ucranianos retirados esta terça-feira de Azovstal terão sido depois transportados, em sete autocarros, para território controlado pelas tropas russas. O destino anunciado para o último grupo retirado da siderurgia foi a antiga colónia penal russa de Olenivka.
A agência Tass avança já que haverá um comité de investigação à espera dos soldados.
Na última comunicação conhecida, e depois de mais de dois meses de bombardeamentos intensos, o próprio comandante do regimento de Azov considerava já baixar as armas para tentar salvar a vida dos seus homens.
Mas nem todos os combatentes pertenciam ao regimento de Azov e à unidade que os russos consideram como neonazi. Em Azovstal, entre os que recusaram ordens de rendição e combateram mais de 80 dias as tropas russas, estiveram fuzileiros, soldados da guarda nacional e voluntários, além de mais de mil civis.
O complexo fabril que exportava mais de quatro milhões de toneladas de aço por ano e empregava 11 mil pessoas foi construído para resistir a uma guerra nuclear.
Nos subterrâneos, até ao fim, os resistentes fizeram questão de manter o moral, com canções patrióticas contra o invasor russo.
Fonte: SIC Notícias